Esse é mais um exemplo de corrupção grotesco em nosso país, dessa vez no pior antro de todos, o judiciário. Leia alguns trechos interessantes desta reportagem publicados na versão online do jornal O Globo:
"Por unanimidade, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu aposentar compulsoriamente nesta terça-feira dez magistrados de Mato Grosso - sendo três desembargadores e sete juízes. Eles foram condenados em processo administrativo por desvio de R$ 1,2 milhão do tribunal para pagar uma dívida da Loja Maçônica Grande Oriente, de Cuiabá. A Lei Orgânica da Magistratura Nacional define a aposentadoria forçada como a maior pena administrativa que pode ser imposta a um juiz. Eles não vão mais trabalhar, mas continuarão recebendo salário proporcional ao tempo de serviço. O cálculo será feito individualmente. O salário de um desembargador corresponde a 95% do salário de um ministro do STF, que hoje é de R$ 26.723,13
(...)
O desvio de recursos teria sido feito no pagamento de créditos atrasados, que ocorreu de forma a privilegiar os integrantes do suposto esquema. Em vez de atender aos critérios que contemplariam os 357 juízes do estado, o pagamento priorizava os escolhidos por Ferreira Leite.
(...)
- Como diz o ditado popular, farinha pouca, meu pirão primeiro - afirmou o ministro. (...)"
Perceberam a sutileza contida nesta última frase? Eles só foram "punidos" porque trapacearam seus próprios companheiros juízes. Mudaram a ordem dos recebimentos de forma a beneficiar a panelinha dos maçons. Provavelmente se roubassem mais dinheiro de outra forma, isto nunca teria vindo a tona, e a sociedade nunca saberia de nada.
O judiciário está repleto de exemplos de casos de corporativismo descarado entre os juízes em detrimento da justiça. Infelizmente neste país eles tem o verdadeiro poder nas mãos, pois todas as outras esferas de governo são suscetíveis a pressão popular, através da imprensa, de blogs como esse, de passeatas entre outros e os seus membros são vigiados, pressionados, julgados e punidos por membros de outras esferas de poder(em tese mais isentas). Mas, quando o judiciário erra, se corrompe ou abusa, quem julga os culpados? Quem vigia ou pode de fato pressionar os membros do judiciário? Como se pode fazer justiça contra a própria justiça?
Pelo visto no Brasil a justiça se mantém de olhos vendados para se fingir de cega enquanto lhe convêm.
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E aí, o que você acha disso. Está revoltado, então comente! Expresse sua opinião!
*Foto pertencente ao blog Visão Panorâmica que possui um artigo muito bom entitulado Justiça, absurdos e ineficiência. Vale a pena ler.
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